quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sete anos depois ela surgiu...

Quando resolvi ganhar o mundo ela tinha apenas 13 anos. Era uma menina com sonhos, ilusões e planos que só reforçavam sua inocência.
Eu já estava preparado para ir em busca do que sonhava e sabia que logo enfrentaria a realidade.
Hoje tenho o corpo cheio de marcas, as mãos calejadas por causa dos trabalhos que tive que fazer e a alma envelhecida pela experiência com o mundo. Diante das coisas que sofri, o pão que o diabo amassou com o rabo teria gosto de bálsamo. Mil vezes troquei meus sonhos por migalhas. Vi minhas ilusões caírem por terra e tive que lutar muitas guerras para finalizar meus planos. Perdi muito e ainda sinto o sabor amargo da derrota em minha boca.

E ela reaparece em minha vida...
Traz de bagagem as lembranças do que eu era. Traz um ar de nostalgia e me faz sonhar novos sonhos. Mas mesmo ela chega diferente. Ela também recebeu a parte que lhe cabia da vida.
Chegou querendo alivio de seu mundo e acabamos juntos...
Ambos descobrimos nossos corpos junto e agora diferentes pelas vivencias. Trocamos experiências em assuntos que somente a pratica ensinaria. Amamos-nos como dois pagãos e tão intensamente que uma semana fora uma vida inteira, mas passara em um segundo.
Dois adultos se amaram, o amor adormecido de dois adolescentes.

E chegou a hora de ir embora. Na despedida os corpos não queriam se afastar. As almas respiravam satisfeitas e descansadas. Os corações batiam no mesmo compasso.
Um beijo de despedida e uma gratidão mútua pelos bons momentos juntos.
De volta a suas vidas, cada um levava a lembrança daqueles momentos infinitos que duraram o tempo de um suspiro, intensos como deviam ser. E sim, posso dizer com toda a certeza: aqueles momentos ficaram para sempre marcados em nossas almas e nunca esquecermos aqueles momentos de entrega em que fomos totalmente um do outro...


Jardel Maximiliano

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