quinta-feira, 8 de abril de 2010

Desejo

...e naquele momento ele chegou mais perto. Roçou de leve os lábios no pescoço dela e sentiu seu corpo estremecer. As mãos correndo pela cintura, tomando-na em um abraço firme. Corpo colado com corpo, pressionada contra a parede, respiração ofegante... e estavam apenas começando, apenas se conhecendo.
Ela recua um pouco. Coisa de mulher. Finge que estão indo "rápido demais". Ele faz o seu papel e ignora qualquer simulação. Antes dela levantar os braços para empurrá-lo, é segurada, colocada mais ainda contra a parede. Braços presos pra baixo, daí ele aproxima a boca e ela já mal resiste, aliás, não resiste em nada... procura por ele.
Cada um se "faz de difícil" ao seu modo, o rapaz vira o rosto, mas sabe que pode ser mais interessante e lhe beija o pescoço, novamente. Talvez a tentativa de fuga dela, nem fosse mentira, mas agora pouco importa. Mal ele largou suas mãos e a deixou solta e ela já usa a mão para embolar a camisa dele e puxar, não deixar que ele fuja, mesmo que não haja nenhuma intenção disso.
Algoz e vitima... fica difícil saber quem é quem quando os corpos mal se separam e dois são quase um.
Esqueci de dizer, que a porta do apartamento continua fechada e ainda estão do lado de fora. Ele só havia sido um cavalheiro de levá-la em casa. O que aconteceu antes, não importa, todos e, principalmente, os dois, querem é saber o que vem depois.
Ela resistia abrir a porta que, uma vez atravessada, não haveria mais retorno... se é que ainda existe algum. Lembremos, que a boca dele continua em seu pescoço e ela gosta muito. Em pouco tempo, os sons dela, ficariam mais altos e alguém poderia sair pra saber o que acontece. Junto a isso, ele utilizou suas mãos, dedos e polegares opositores, marcas da evolução humana. Segurando a cintura dela, pressionando, esfregando os dedos calmamente... calmos, porém firmes. O corpo dela se entregava ainda mais, pressionava ainda mais contra ele, como se fosse possível estarem mais pertos.
Não tinha mais jeito, tinham que entrar... ela havia gemido mais alto que o permitido e alguém tenta abrir a porta pra saber o que acontece. Entre risos, correram para a porta e, num passe de mágica, abriram-na, entrando no apartamento, aos tropeços.

Pausa para respirarem...

Ela tenta dizer algo, mas ele já volta a beijá-la. Os dois caem sobre o sofa... ele continua a beija-la... descendo por seu corpo. A barriga dela... ponto fraco, ou melhor, ponto forte de seu desejo. A lingua dele contorna suas curvas, a mão segura a calça e a roupa intima... a partir daí, é a intimidade deles e a imaginação do leitor.

2 comentários:

Mayra Bergo disse...

aiaiai esse texto viu????minha imaginaçao é foda..kkkkkk...
ficou massa demais Marcelo...

Arianne Sena disse...

Olha...a maneira como a relaçao foi exposta, as palavras, os espaços, as virgulas, tudo no lugar exato...foi por isso que a imaginação fluiu...muito bom.