terça-feira, 2 de agosto de 2011

E Fale-nos sobre o Canalha Sentimental

Tudo começou por conta de uma frase: 
-Pronto, agora estou em suas mãos! 

Não foi dita sem pensar expressava a mais profunda sinceridade entre duas pessoas que a pouco tempo se relacionavam, mas já se importavam bastante um com o outro. 


A resposta veio em forma de exigência:
-Então escreve um texto para mim!

Prontamente respondida com outra exigência:
- Só se você também escrever para mim!

As consequências? Dois ótimos textos que apresentamos a seguir


Agora é fato! Você me tem...
Foi assim, manso, come-quieto, chegou devagarinho com esse jeitinho ‘mineirim’... Umas conversas alheias, umas bobagens aqui e ali, algumas poucas risadas que fizeram com que se tornasse essencial... fundamental em cada dia. Como se eu necessitasse de uma dose Tua para que meu dia fique completo, quase um vício. Preciso das nossas conversas diárias, um pouquinho só de você já me satisfaz. As vezes me pergunto com quem realmente estou falando... hora um menino, hora um homem. É exatamente assim que o sinto, um menino bobo que ainda nem aprendeu o que é a realidade, vive numa eterna história em quadrinhos, cheias de monstros, super-heróis, amigos imaginários, dessas onde o mocinho sempre vence. Todo o sentimentalismo que o toma e não o deixa perder a inocência da criança, esse mesmo que já me surpreendeu por diversas vezes  quando estou desprovida do que me protege de afetividades, por que assim você faz, me desarma das minhas teorias sobre ‘como não se deixar levar por palavras’ quando tão simplesmente fala ‘você é especial , linda!’. Ah, um menino que reclama e choraminga da dor de dente, o meu menino (isso mesmo, meu!). E quando penso que não, você toma forma de homem, forte, cheio de frases bem elaboradas, usando do conhecimento e experiência que adquiriu ao longo dos anos e é nessa hora que invertemos os papéis, eu fico sendo a garotinha que tão somente acredita em conto de fadas e sofre por amores impossíveis, que só senta e chora por não saber o que fazer. Esse homem que existe dentro de você, aprendeu com o tempo que não pode viver apenas de sentimentalismos, que isso não o levará a nada, esse lado canalha que ao menos se importa quando escreve um poema pra uma garota enquanto beija outra, por que se importaria? Quando ouvi a primeira vez a maneira como as pessoas o chamavam não conseguia entender o valor disso. Canalha sentimental, mas o que isso realmente significa?  Hoje com algumas horas a mais passadas juntos consigo compreender ainda como um borrão, uma pintura inacabada que ainda não se pode ver perfeitamente mas se tem alguma noção do que mostra, que você é a junção desses dois seres que moram em você, esse menino inocente e esse homem forte que o fazem ser quem é. O ponto de equilíbrio perfeito. O Canalha Sentimental.
Sei que isso ainda é uma síntese extremamente vaga e precária daquilo que pude observar. Quero poder continuar a desvendar os mistérios do infinito ser que existe em você, mesmo que isso pareça uma idéia louca e insensata.
Pra você, meu querido
Jardel Maximiliano

Texto da Querida @Damaris_Psico dona do blog http://damarisantunes.blogspot.com/


E eu sem ler o texto acima escreví este:

É bem estranho quando chegamos a um ponto e olhamos para trás no desejo de poder mudar um pequeno ato. Poder ser aquele beijo roubado, aquela vontade de confessar que você ama a pessoa e se importa com ela, sair de bicicleta ao invés de sair de carro ou levar um guarda-chuva logo pela manhã.
Pequenos gestos que podem mudar uma vida inteira ou então apenas mudariam pequenas coisas em uma vida gigante, imensa, infinita em detalhes. E isso sem contar que eu acredito que todas as coisas no mundo estão interligadas. Se eu pudesse mudar apenas uma pequena coisa, eu teria parado para dizer oi para alguém. Mas esta pessoa esta agora a 1,300 kilômetros de distância.
Com os avanços das comunicações esta distância acaba sendo superada em alguns aspectos, mas nunca vai me permitir olhar nos teus olhos e poder dizer OI. E é estranho que mesmo alguém que você não conhece pessoalmente, se torna importante a ponto do seu dia parecer incompleto se não conversou com ela. Você pensa em coisas que ela gostaria de saber, conta sobre o seu dia e espera pacientemente por ela para saber serenamente como foi o dia dela.  E você gosta da pessoa, vê fotos e sente-se nostálgico, sente vontade que ela esteja perto, mas ao mesmo tempo sabe que se ela estivesse próxima fisicamente tudo seria diferente. E eu acabei gostando de como as coisas estão. E sei que quero encontrá-la um dia. Mesmo sabendo que possuo um dom extremo de fazê-la perder a paciência.

E eu não quero perder a amizade dela. Não quero deixar de entrar em uma rede social só para ver que ela sentiu minha falta durante o dia, não quero de modo algum saber que ela esta triste, até porque ela, mesmo neste curto espaço de tempo, tornou-se alguém importante para mim.
E em outro momento ela chega brigando comigo, reclamando de pequenas coisas, fazendo exigências que me deixam chateado e feliz por saber que ela gosta de mim e sabe que eu faço parte do dia dela. É meio egocêntrico isso, mas ela me faz sentir importante em uma época que o natural é eu me sentir sozinho e ela continua aqui comigo. Mesmo agora no momento em que eu infelizmente não consigo me conectar à internet, nosso meio único de comunicação.
E recentemente descobri que gosto tanto dela a ponto de sentir ciúmes e acabar “exarcebando minha dor de cotovelo” nas conversas com ela e isso assustar ambos. Gosto a ponto de pensar 157 formas e jeitos de escrever um texto para ela, não para agradá-la, mas que seja à altura do que eu sinto por ela e sabendo bem que não sei definir isso. E por isso eu escrevo este texto meio quebrado, que sai em partes esparsas, mas que acaba sendo bem mais que a soma das partes.

Sei que este texto nunca ficaria pronto se eu continuasse escrevendo, até porque eu sei que vou mudar um pouco cada dia o que sinto por você. Quero sinceramente que ela seja feliz, que um dia eu consiga encontrá-la novamente que eu possa parar olhando-a nos olhos e dizer aquele “Oi” que ainda está preso aqui dentro desta cabeça tão confusa e agitada que ela ajuda a tornar-se menos caótica.
E não esquece menina que você é importante e que gosto bastante da nossa amizade.
Do confuso e complicado,

Jardel Maximiliano

 E aí pessoas, o que acharam?

1 comentários:

Dâmaris Antunes disse...

Eu como Dona deste texto, achei liiindo demais! Obrigada Jardelzinho, por sempre estar ai do outro lado... Um beijo