terça-feira, 9 de agosto de 2011
Cachaça e pedaços de Vidro
Postado por Jardelstar às 16:19 0 comentários
terça-feira, 2 de agosto de 2011
E Fale-nos sobre o Canalha Sentimental
A resposta veio em forma de exigência:
E eu sem ler o texto acima escreví este:
Postado por Jardelstar às 16:12 1 comentários
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Seis Dias
Meu Bem,
Vou tentar nesta carta demonstrar tudo que estes seis dias formam pouco para expressar. Sei que posso parecer precipitado, louco ou qualquer outro adjetivo que você possa inventar para um sujeito que mesmo hoje em dia ousa amar.
É bem isso, Eu Te Amo! Amo-te e me sinto idiota por isso. Demorei seis dias para perceber o que eu realmente sentia por você. E admito isso me deixa surpreso, mas as coisas só ficaram claras para mim ao perceber que a primeira coisa que eu queria pela manhã era o brilho dos teus olhos. Minhas piadas só surgiam tão fáceis para ver o teu sorriso. As vezes em que almoçamos juntos e eu pedia sua opinião sobre o pedido era somente pra poder provar aquilo que você havia escolhido na certeza que ficava bem melhor. E se pedia separado era somente para comer do teu prato e te oferecer um pouco do meu. Sei lá, pequenos sinais que me fizeram perceber algo que meu coração tinha certeza. Era só você estar ao alcance da visão e ele já descompassava como se dissesse: É Ela.
Sim é você e já não há mais meio de negar que ao entrar naquele ônibus hoje à noite, vou levar todos os nossos pequenos momentos: as filas para o almoço, a procura de uma mesa para sentarmos juntos, o desejo incontrolável de te encontrar em todos os cantos. De quando você ao sair sempre deixava teu perfume na minha barraca e impregnado em meus poros para que assim você me perseguisse até o momento do meu banho para em seguida me dar um abraço e deixar lá teu cheiro novamente. Dos momentos em que trocamos beijos no metrô e na lanchonete e todos ao redor olhavam como se aquilo fosse uma afronta, que desejo como aquele não podia ser externalisado assim à luz do dia e em um ambiente público. De como você me olhava enfurecida quando com outra eu falava e vinha sem pestanejar perguntar quem era aquela “fulaninha”.
Sei que seis dias foram o nosso tempo e que o resto da vida ficará por nossa conta. Sei que os caminhos podem voltar a se cruzar, depende de nós. Mas sei também que a angustia da volta será completa com as lágrimas que sei que vou derramar de felicidade e de dor. Por ter te conhecido e por ter que te deixar. Lágrimas que achava ter secado, mas que brotam facilmente enquanto escrevo estas linhas para você.
Linda fica bem com meu amor e com a certeza das minhas preces para que meu beijo volte a encontrar o teu, e que isso não demore.
Do Teu,
Jardel Maximiliano
Postado por Jardelstar às 23:20 3 comentários
terça-feira, 17 de maio de 2011
O Que Fica na Pele...
A mordida foi muito forte. Ele sentiu na boca o gosto do sangue e a dor veio junto. Ela estava com um sorriso louco e um olhar selvagem. Lambeu uma gota de sangue do canto dos lábios e avançou novamente sobre ele. Os corpos estavam nús e quentes. Uma camada de suor já os envolvia facilitando os movimentos. Observando, qualquer um acharia que estavam brigando, mas ambos bem sabiam que era o ritual que levaria ao prazer. Arranhões, tapas, mordidas e hematomas. Era a plena e incontida selvageria sexual.
Uma Pausa
Eles se encaram, a luz é acesa. Ela se levanta e enrolada em um edredon vai ao banheiro. Ele vai à cozinha e lá se serve de água, quase uma jarra toda. Quando ela voltou para o quarto ele já estava deitado. Os Olhares voltaram a se cruzar, ela deixou o edredon cair no chão e já apagava novamente a luz.
Fim da Pausa.
Outro combate, nova entrega e novas disputas. Ao final de algumas horas estão ambos exaustos. Cada músculo do corpo dói ao menor movimento. No momento estão alí quietinhos abraçados. Calmamente o sono chega e os envolve.
O sol se levanta e ele precisa deixá-la. Um abraço demorado na cama, uma leve mordida na orelha. Ele se levantou e vestiu as roupas que haviam espalhado pelo quarto. No portão trocaram outros beijos e um último demorado, bem demorado.
Durante todo o dia sentiam o corpo doer e os arranhões ardiam. Um pensou o dia todo no outro por conta destas marcas e dores. E souberam que por mais que a cabeça não pudesse lembrar de cada detalhe da noite anterior, os corpos sentiam. A vontade de estarem juntos novamente ia crescer, sentiam isso com cada fibra de seu ser. Mas deixa o tempo passar um pouco para que os corpos possam se recuperar...
Jardel Maximiliano
Postado por Jardelstar às 20:36 0 comentários
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Xadrez
Marcelo T. Marchiori
Postado por Marchiori às 19:50 0 comentários
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
A Bela na Noite
Ela dançava no meio da pista atraindo a atenção de todos. Nosso herói observava hipnotizado aquele momento e mais de uma vez perdeu o fôlego diante da beleza da cena. Se tivesse um desejo, ele teria pedido ela! Mas agora ele tentava aguentar a falta dela com a bebida.
A cerveja já não fazia mais efeito aparente e ele começou a pedir bebidas cada vez mais fortes, sem se importar com os gastos na boate. E cada dose fazia o mundo ficar melhor.
Sentiu crescer no peito a coragem que a muito o havia abandonado. Mas aquela situação era complicada. Por mais que ele se sentisse confiante naquele momento, ainda tinha uma certa relutância em ir até ela.
Qualquer homem ao observar a cena notaria os motivos que deixavam aquele sujeito em dúvida. A moça dançava como se fosse a dona do mundo. O planeta girava na velocidade que ela queria. Cada giro, volta e movimento era para controlar a tudo de acordo com a sua vontade. Um passo em determinada direção e os homens se jogariam aos seus pés, largariam tudo, venderiam casa, carro tudo para satisfazer seus desejos. ela sabia bem como ter tudo o que queria e justamente por isso quase sempre se sentia vazia. Vazia e solitária. Podia tudo e justamente por isso nada tinha graça. Era incapaz de sentir nada por aqueles ao seu redor. Só senti aprazer em moldá-los, controlá-los.
Obviamente ele não sabia disso. Ele só sabia que para ir até ela e tentar algo era um ato que merecia no mínimo mil canções. Seria algo para contar para seus netos em uma noite quente dalí a 50 anos. Ele diria até que isso merecia ser colocado em qualquer currículo que ele escrevesse para tentar qualquer emprego. Seria o ato de sua vida.
Faço uma pausa em meu relato para explicar aos que acham que ele está exagerando, mas apelo para a memória de vocês para justificar as atitudes e pensamentos dele. Lembrem-se de como era estar a fim de alguém. Aquele desejo verdadeiro. Aquela pessoa que te roubava o ar ao aparecer. Imagine aquela que seria capaz de alegrar o pior dos teus dias. Agora imagine-se indo até esta pessoa e dizer que você está a fim dela. Que deseja seus beijos. Imagine fazer isso diante de um monte de pessoas que estão com a atenção voltada para o que você fará. Imaginem que vocês farão isso daqui a poucos momentos...
Mas vejam, ela lá rodeada de pretendentes e nosso herói bebendo. Ouvia as palavras de incentivo do seu melhor amigo para que tentasse algo logo, pois ficar naquela situação é que não podia. Xingava, apelava, oferecia mais bebida, tudo para que o cabra tomasse logo coragem de ir até a garota. Por mais que o amigo tivesse a certeza de que aquela seria uma tarefa que beirava o impossível, mas sabia também que para os Canalhas Sentimentais, o impossível é derrubado no exato momento em que você perde o medo de ousar. Inúmeras vezes puderam comprovar isso, mas sempre fica lá no fundo aquele medo enraizado, aquela parte que nos torna humanos e que não deixava que eles se tornassem conquistadores baratos.
Uma dose de pinga, talvez a 7ª, mas quem é que estava contando? Enfim, sabe aquele momento em que você joga todas as suas fichas na mesa e aposta alto, BEM ALTO? Foi o que ele fez. Foi em direção a ela. Ao circulo que foi feito em torno dela. Só ele ousou ultrapassar o espaço que fora deixado por todos para que ela continuasse dançando em todo o seu esplendor.
Mas vejam, ele ousou tanto que chegou dançando!
Tocava um samba dos bons, daqueles que a tempos ninguém fazia. E ele foi lá sambar...
Todos ficaram revoltados com aquilo, ele perturbara o espaço dela, espaço que era só DELA!
E ela ficou admirada, que sujeito era aquele que a desafiara daquela forma? De onde ele tirara a idéia que poderia sambar tão bem quanto ela? Ela aumentou o ritmo, fazia passos complicados, queria vencer o coitado pelo cansaço1
Imagina um sujeito que é jogado no meio da fogueira e lá tem que improvisar para se safar?
Era aquele cabra que resolvera ir sambar ao lado dela, que ousara sambar ao lado dela. Cometera tal ousadia e de modo algum ela facilitara o processo. Sambava e rodava como um ser sobrenatural e naquele ritmo venceria qualquer um. Ele estava cansado e sem fôlego já, mas ela cruel ousava e exigia cada vez mais gingado...
Ela estava admirada como aquele trapo (igual a todos os homens são diante dos seus olhos) ainda aguentava o tranco do seu gingado. Mas até que ele sambava bem, mas não aguentaria muito. Logo, logo desistiria...
Morto, era assim que ele estava, já aguentara muito, ousara demais gastar o samba que tinha tentando se equiparar àquela Deusa. Seria uma vergonha desistir, mas ele não tinha qualquer saída. Ele deveria logo entregar os pontos e se dar por vencido, mas teve uma idéia.
Quem estava presente viu que o sujeito não tinha esperanças. Ela dominava o jogo e fazia as regras. Mas ele, ousado, a puxara para dançar. De corpo colado, olhando nos olhos, mantendo o gingado do samba. Parecia que ambos nasceram para aquele momento. Um encaixe de corpos, movimentos exatos, dançando cada vez melhor. E para coroar, ao acabar a música, se olharam diretamente e se beijaram...
Ele chegou em casa somente às 10 hrs da manhã do dia seguinte...
Ela ao deixar que ele fosse embora ficou com aquela vontade de tê-lo de volta logo..
.. e ambos tinham aquele sorriso bobo na cara. Aquele sorriso que somente os vencedores e ousados da noite conseguem ostentar...
Postado por Jardelstar às 02:07 2 comentários
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