sábado, 4 de setembro de 2010

manifesto canalha sentimental

Agora você vem pedindo mais
E eu sabia que ia ser assim

Este é o primeiro texto conjunto do Manual Prático do Canalha Sentimenta e, também, seu primeiro manifesto.

É nêga... vc que achava que o seu rapaizinho bonitinho, com gelzinho no cabelo, bermuda florida e abadá era o sonho de consumo de toda garota, que só seria feliz ao lado dessa figura... e vem correndo atrás de mim, dizer que você nunca conheceu alguém como eu?

Moça... você passa por cima do teu orgulho, esquece todas as suas juras de não me procurar e vem bater em minha porta atrás de meus beijos. Mesmo sabendo que é quase certeza de que eu já esteja com outra.

Lembro bem de nossa última briga... todo aquele sangue, suor e lágrimas. Você bateu a porta dizendo que nunca mais ia voltar. Que meu jeito canalha sentimental era demais pra você.

Você nunca entendeu que sou apenas mais um... meu jeito, nem se difere tanto de todos os outros homens do mundo... claro, que algumas noites na farra, a mais... claro, que sempre tive mais carinho por você [e por todas as outras]... claro, que li mto mais livros que qualquer um dos seus professores [paixonites] de universidade. Mas sou como qualquer um.... só tenho um pouco mais de charme.

Na festa seguinte à nossa briga, lembro bem com quem você estava. Lembro que era um sujeitinho... o meu exato oposto. Sem rugas... barba... ou qualquer outro adereço natural que o definisse como homem feito. Passou pela vida sem nenhum arranhão... um turista. Posso até afirmar que, se eu não estiver enganado, ele usava o mesmo tanto de maquiagem que você.

De lá... eu saí bebado... arrumei briga, quebrei garrafas, chorei bastante e quase fui preso... Como você bem sabe, nunca gostei da polícia... mas, de que adianta, nunca são tão rápidos quanto eu.

Vem cá nêga... vou pensar no teu caso. Saber se ainda vale a pena lutar pela sua causa, pois bem sei que nenhuma mulher vem de graça. Logo agora que Mariana, Julia, Fernanda, Carla, Priscila, Jéssica, Barbara, Érica e Paula... me fazem tão bem.

Mas calma nêga... tem espaço no meu coração para você também. Só não venha com exigências... ou querendo privilégios. Quando o dia clarear novamente, vendo você acordar ao meu lado, eu decido se você fica ou vai embora. Só não espere muito, se não souber ler todas as reticências do meu texto.


E como uma das revoltas que o originaram o Manual, viemos bradar aos 4 ventos:
ABAIXO AOS FALSOS HOMENS! Como disse Velhas Virgens:

Você é dessas meninas deslumbrantes
Que só namora com homens perfeitos
Corpo de atleta, cara de modelo
E na hora da febre nada feito


Que moda é essa que preza que o homem não pode trazer consigo, as dores da vida?

Que moda é essa que diz que o homem tem que demorar mais que a mulher quando se arruma?

Que moda é essa de homem que usa base, corretivo e esmalte para pintar as unhas?

Cadê o velho macho?

Cadê o homem que satisfazia a mulher sem toda essa frescura?

Sou homem das antigas.. Se isso é a moda.... me chamem de antiquado... me chamem Canalha Sentimental.

Jardel Maximiliano
Marcelo Marchiori

p.s. para complementar, este primeiro manifesto, apresentamos uma música deles... e boa sorte ao conhecerem velhas virgens.




Muito Bem Comida
Velhas Virgens

Agora você vem pedindo mais
E eu sabia que ia ser assim
Uma noitada daquelas não se esquece jamais
E eu te dei o melhor de mim
Você é dessas meninas deslumbrantes
Que só namora com homens perfeitos
Corpo de atleta, cara de modelo
E na hora da febre nada feito

Aí caiu nas mãos desse cervejeiro
Olhar matreiro e barriguinha pró
E eu te fiz gozar e ver a vida
Te fiz gemer até não ter mais dó
Põe tudo! Põe tudo!
Você gemia e pedia bis
Põe tudo! Põe tudo!
Na horizontal é que te fiz feliz

Aqui em casa você se encontrou
Já não quer mais cantar ou ser atriz
De avental fazendo o jantar
Já não quer mais desfilar nem ser miss
Eu de chinelo, a barba por fazer
Tomando "uma" e vendo futebol
Você tarada e sempre atrevida
Sabendo que tá muito bem comida.

Aí caiu nas mãos desse cervejeiro
Olhar matreiro e barriguinha pró
E eu te fiz gozar e ver a vida
Te fiz gemer até não ter mais dó
Põe tudo! Põe tudo!
Você gemia e pedia bis
Põe tudo! Põe tudo!